domingo, 18 de dezembro de 2011

Os benefícios das novas tecnologias para pessoas com NEE


Uma das grandes "virtudes" da tecnologia é permitir que as pessoas com deficiência possam melhorar a sua qualidade de vida. Nomeadamente, as pessoas com deficiência visual podem utilizar impressoras Braille, que imprimem em alto-relevo as informações contidas em qualquer documento em formato digital; existem vários softwares e hardwares que permitem que se ouça o que está escrito no ecrã e que aumentam as definições do mesmo, de acordo com as características dos utilizadores. Também existe o teclado virtual que facilita a escrita no computador por pessoas que têm dificuldade em manusear o teclado normal (este teclado pode ser instalado no computador através do site: http://www.lakefolks.org/cnt/ ) e a calculadora falante, em que cada vez que se pressiona uma tecla esta é verbalizada.
As novas tecnologias permitem, ainda, que pessoas com mobilidade reduzida possam ter acesso a vários mecanismos que facilitam o acesso a determinados objetos, como por exemplo os manípulos de apoios e braços.
Sendo assim, considero que o acesso às novas tecnologias é uma mais-valia para aqueles que possuem limitações físicas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sistemas de signos gráficos



Os sistemas de signos gráficos estão associados às tecnologias de apoio para a comunicação e têm surgido vários, mas os primeiros a serem utilizados foram os signos Bliss e as fichas de palavras Premack.  
Ficha de palavras Premack
O sistema Bliss é composto por signos gráficos e foi utilizado como sistema de comunicação em crianças com deficiência motora e que apresentavam também dificuldades na leitura e na escrita. Este sistema é o mais avançado para pessoas não falantes.

Signos Bliss
O Sistema PIC consiste em desenhos que formam silhuetas brancas sob um fundo preto. Este sistema é mais simples que o Sistema Bliss, contudo é um pouco mais limitado, pois a construção de novas palavras nem sempre é fácil porque possui poucos símbolos. Todavia, destina-se a ser utilizado por portadores de deficiência mental, com problemas de comunicação ou problemas de visão, visto que o preto no branco cria um maior contraste.

Sistema PIC
O Sistema SPC caracteriza-se por os signos serem desenhos de linhas simples a preto, sob o fundo branco e a palavra está escrita sob o desenho. Este sistema é adequado a pessoas com necessidades comunicativas equivalentes tanto a um nível de linguagem simples como um nível de linguagem mais elaborado. Deste modo, pode dizer-se que é um sistema flexível com possibilidades de evolução, que se ajusta às necessidades do seu utilizador.


O Sistema REBUS é constituido por signos de escrita logográfica e foi criado para ajudar pessoas com deficiência mental ligeira a aprender a ler. Este sistema exige poucas capacidades de leitura e situa-se numa fase itermédia da aprendizagem da leitura, facilitando o seu desenvolvimento. 


Bibliografia:
TETZCHNER, S.; MARTINSEN, H (2000) Introdução à Comunicação Aumentativa e Alternativa. Colecção Educação Especial. Porto. Porto Editora.




quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Comunicação aumentativa e alternativa

Desde sempre que o ser humano teve necessidade de comunicar. Contudo, existem pessoas com deficiência (física, auditiva, visual ou mental) que estão limitadas para comunicar com o mundo que os rodeia.
A impossibilidade de utilizar a fala como forma de comunicação pode fazer com que haja necessidade de usar um Sistema de Comunicação Aumentativo/Alternativo.
A Comunicação Aumentativa caracteriza-se por ser a comunicação complementar ou de apoio e (...) promover e apoiar a fala e garantir uma forma de comunicação alternativa se a pessoa não aprender a falar. Enquanto a Comunicação Alternativa se destingue por ser qualquer forma de comunicação diferente da fala e usada por um indivíduo em contextos de comunicação frente a frente. TETZCHNER (2000)
A utilização destes sistemas de comunicação permite que a comunicação seja efetuada e que pessoas que estejam incapacitadas ao nível da fala possam interagir, comunicar e se expressar, desenvolvendo as suas capacidades enquanto seres humanos.
Os sistemas de comunicação alternativa/aumentativa permitem o treino das capacidades de atenção, de memória, entre outros, que facilitam o desenvolvimento das estruturas mentais. Deste modo, estes sistemas promovem o desenvolvimento global da criança, a sua independência e autonomia, a sua integração em meios diversificados, aumento do conhecimento do meio em que está inserida e uma maior participação em meios diversificados.
Para facilitar a comunicação são utilizados "sistemas de signos", nomeadamente, os signos gestuais  (língua gestual), os signos gráficos (Bliss, SPC, PIC, Rebus, etc.) e signos tangíveis (fichas Premack-feitas em madeira).

Bibliografia:
TETZCHNER, S.; MARTINSEN, H (2000) Introdução à Comunicação Aumentativa e Alternativa. Colecção Educação Especial. Porto. Porto Editora.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Planificação de uma atividade utilizando o software Boardmaker

No âmbito da disciplina Tecnologias da Informação e Comunicação aplicadas às NEE, foi-nos proposta a elaboração de uma atividade utilizando o software Boardmaker que pudesse ser aplicada no contexto profissional em que estamos inseridas. Deste modo, decidimos planificar uma atividade que permita a participação de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) nas aulas de inglês das Atividades de Enriquecimento Curricular do 1º ciclo do Ensino Básico. Esta atividade terá como finalidade uma aprendizagem interativa que favoreça o raciocínio, assim como o desenvolvimento de capacidades cognitivas e de linguagem nas crianças com NEE. Tendo como objetivos específicos fomentar uma relação positiva com a aprendizagem da língua inglesa; estimular a capacidade de concentração e memorização; reconhecer os números até 10; reconhecer os dias da semana; associar a palavra à imagem e selecionar e organizar informação. Os conteúdos a explorar através da atividade serão os dias da semana, os algarismos (1-10) e alguns alimentos.
Esta atividade destina-se a crianças do 3º ano do 1º ciclo do ensino básico, com idades compreendidas entre os sete e os oito anos e diagnosticadas com síndrome de Down/trissomia 21.
“A finalidade da educação de crianças t-21 é a mesma do que a da educação geral, ou seja, oferecer-lhes todas as oportunidades e assistência para desenvolver as suas faculdades cognitivas e sociais específicas até ao mais alto grau que lhes for possível.” (López Melero, M., 1983) in Necessidades Educativas Especiais (Bautista, 1993, 234).
Segundo Bautista, em Necessidades Educativas Especiais (1993), estas crianças possuem atrasos em todas as áreas cognitivas, sendo estes mais evidentes ao nível do desenvolvimento da linguagem.
Planificámos uma aula de inglês que consiste na audição e visualização da história “The very hungry caterpillar”. Posteriormente, os alunos são incentivados a recontar a história ouvida, explorando oralmente os conteúdos abordados. Como atividade de consolidação vamos utilizar uma grelha de imagens do Boardmaker, onde apresentamos duas opções no quadro principal: “Listen and watch the story”, que permitirá ao aluno ouvir a história ao mesmo tempo que visualiza as imagens. “Games”, que conduzirá o aluno a outro quadro onde pode escolher entre “Order the story” e “Days of the week”. O primeiro permite ao aluno ordenar a história utilizando imagens, enquanto o segundo pretende que o aluno associe os dias da semana aos alimentos comidos pela lagarta ao longo da história.

Quadros "Days of the week" e "Order the story" realizados com o programa boardmaker
 
Bibliografia:
Bautista, R. (1997) (Coord.) Necessidades Educativas Especiais. Lisboa: Dinalivro.
BENTO, C. et al. (2005). Programa de Generalização do Ensino do Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico – Orientações Programáticas. Lisboa: Ministério da Educação – Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
Correia, L. M. (1999) Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classes Regulares. Colecção Educação Especial. Porto: Porto Editora.
Ministério da Educação. (2004) Organização Curricular e Programas, Ensino Básico – 1º Ciclo. 4ª Edição. Ministério da Educação – Departamento da Educação Básica.
Ministério da Educação. (2001). Currículo Nacional do Ensino Básico. Competências Essenciais. Lisboa: Ministério da Educação – Departamento da Educação Básica.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Computador como facilitador de aprendizagens

Considero que o computador é uma "ferramenta" que pode facilitar as aprendizagens dos nossos alunos, na medida em que pode ser utilizado como estímulo para o desenvolvimento de várias competências. 
Correia (1999) refere que (...)o computador (...) permite uma aprendizagem interactiva e uma progressão constante, favorecendo o rigor do raciocínio e o desenvolvimento de uma estratégia lógica e eficaz. Pode contribuir, segundo Rodrigues, (1988) para o desenvolvimento de capacidades, sejam elas cognitivas, motoras, de linguagem ou de pré-aptidões para as aprendizagens escolares.
 Deste modo, penso que esta “ferramenta” deve ser explorada e utilizada para promover a comunicação de pessoas portadoras de deficiência.



Bibliografia:
Correia, L. M. (1999) Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classes Regulares. Colecção Educação Especial. Porto: Porto Editora.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O professor e a ferramenta virtual no processo de ensino-aprendizagem




Este vídeo sugere algumas atividades que podem ser utilizadas em aulas de língua estrangeira, recorrendo às novas tecnologias...

domingo, 27 de novembro de 2011

Acessibilidades em Websites


No âmbito da disciplina Tenologias de Informação e Comunicação aplicadas às N.E.E. foi-nos proposto analisar se os websites são acessíveis a todos ou se pessoas com algum tipo de deficiência poderão ter dificuldades em utilizá-los de forma adequada.
Esta tarefa fez-me refletir sobre a forma como a sociedade atual se encontra constituída e como, por vezes, se “esquecem” aqueles que têm limitações. Na medida em que, existem muitos websites que não têm características que permitam uma acessibilidade simples e eficaz. Pois, para que seja possível todos os cidadãos terem acesso à informação disponível na internet é necessário que os websites tenham em atenção os seguintes aspetos:
ü  a informação mais importante deve estar no início da página e a linguagem deve ser simples e clara;
ü  as molduras devem ser limitadas;
ü  os gráficos devem ser evitados;
ü  as imagens, o vídeo ou som devem ter texto alternativo;
ü  as cores devem ter contraste ou permitir que possam ser alteradas;
ü  a navegação com teclado e rato deve ser possível e o tamanho da letra deve poder ser aumentado;
ü  o browser deve ser independente e a sua tecnologia deve ser segura;
ü  os dados devem estar disponíveis em vários formatos e o nome dos domínios deve ser curto e simples de memorizar.
Deste modo, considero que é importante termos consciência de que nem toda a informação presente na internet está acessível a todos. Contudo, acredito que com a evolução da tecnologia, existe tendência para que a acessibilidade comece a ser estendida a todos os grupos, independentemente das suas especificidades.

Documento consultado:
http://moodle.inuaf-studia.pt/file.php/133/01_tic_janela_para_o_mundo/towards_barrier-free_communication_1.pdf

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A utilização das tecnologias


Encontrei este filme no Youtube e pensei que seria uma boa forma de relembrar que, enquanto professores, devemos utilizar  as tecnologias como uma ferramenta pedagógica. Na medida em que, a utilização de tecnologias em contexto de sala de aula deve ter como objetivo facilitar as aprendizagens dos nossos alunos, proporcionando o seu desenvolvimento  intelectual. Em vez, de serem utilizadas como uma ferramenta que nos permite introduzir conteúdos. Pois, mais importante que apresentá-los é fazer com que os alunos os compreendam e que se sintam estimulados para os utilizar noutros contextos e de forma correta, dando assim um verdadeiro sentido ao processo de ensino-aprendizagem.
Deste modo, penso que o professor deve ser capaz de utilizar as novas tecnologias como um instrumento que permite aos alunos ter acesso a  vários tipos de informação, a qual deve ser transformada em conhecimentos que estes poderão aplicar no futuro em contextos reais.

sábado, 12 de novembro de 2011

O potencial educativo das TIC

Considero que é bastante importante, os professores possuírem a capacidade de acompanhar a evolução tecnológica e tentarem adaptar as suas metodologias de trabalho aos alunos. Pois, a tecnologia está em constante aperfeiçoamento e se o ser humano possuir desde cedo conhecimentos nessa área a sua integração na sociedade será facilitada, tanto ao nível dos estudos enquanto crianças e jovens, como nas suas futuras profissões enquanto adultos.
Sendo assim, o professor deve adequar a sua linguagem aos "alvos" que quer atingir e tentar estar sempre atualizado para poder preparar da melhor forma os seus alunos para o seu futuro profissional.
Atualmente, os "nossos" alunos são muito curiosos e têm acesso a muita informação, o que pode ser um aspeto facilitador do processo de ensino/aprendizagem. Desde que o professor seja capaz de “guiar” os seus alunos na aquisição e aplicação desses conhecimentos.
Quanto à preparação dos jovens para o futuro, penso que, estes têm crescido tendo acesso a diversificadas Tecnologias de Informação e Comunicação, o que lhes permite estarem mais ou menos preparados para a evolução das novas tecnologias e para a inserção destas no dia-a-dia. Pois, desde muito cedo estes têm sido estimulados a utilizar e manipular várias “ferramentas” tecnológicas.
Todavia, acho que com a utilização exagerada das TIC, vão-se perdendo as relações e a comunicação entre as pessoas, e isso é, de certeza, um ponto que pode prejudicar os jovens da atualidade. Na medida em que se vai perdendo a comunicação direta entre as pessoas, o que  poderá dificultar a interação entre pares. Ainda, posso referir que devido ao sedentarismo provocado pela utilização exagerada das novas tecnologias a maior parte dos jovens, poderão ter problemas de saúde na idade adulta.
Deste modo, parece-me que é importante sermos capazes de aproveitar os benefícios inerentes à utilização das TIC e termos presente que o seu uso excessivo pode ser prejudicial a alguns níveis. Agora, cabe a cada um de nós e aos jovens gerir de forma adequada tudo o que tem surgido nesta área.